terça-feira, 9 de maio de 2017

Sobre moscas e camelos

Seu filhinho se aproxima com uma folha de papel cheia de rabiscos e diz que desenhou você. Mesmo sem entender os traços, você sorri e diz: 

— Que lindo, filho!

Sua esposa prepara seu prato favorito e pergunta, com aquela voz doce e melosa: 

— Gostou, amor? 

Você percebe que está um pouco salgado e que ela exagerou nos temperos, mas responde com carinho: 

— Claro, amor! Está uma delícia!

Na roda de amigos no trabalho ou em um bate-papo com os vizinhos, alguém te oferece um chimarrão. Você está morrendo de sede por um, mas ao olhar para a cuia, percebe que a erva parece já estar lavada. Então, ao chegar sua vez, diz: 

— Bah! Não vou querer agora! Acabei de tomar um baita café! Obrigado.

Depois de marcar dois gols na “pelada” semanal com os amigos, você sai dizendo:

— Acabei com o jogo! Sou melhor que Cristiano Ronaldo e Messi juntos! 

Essas são situações comuns do dia a dia. Todos nós já dissemos algo parecido em algum momento. São pequenas inverdades que proferimos sem perceber, sem intenção de prejudicar ninguém, apenas para não magoar aqueles que amamos, por “arreganho”, como se diz por aqui.

Essas palavras nos tornam mentirosos ou filhos do pai da mentira? Acho que não. 

Postar uma brincadeira no Facebook sobre nove verdades e uma mentira me transforma em um mentiroso, um apologista da falsidade? 

Parece que na mente dos legalistas, que se comportam como sepulcros caiados, a preocupação deveria estar com a verdadeira mentira: a vida de mentira que vocês vivem. 

Querem policiar os outros, mas negligenciam suas próprias vidas. Não cuidam de seus filhos nem de suas famílias. 

São fariseus! Hipócritas!

Tirem a trave dos seus olhos. Parem de peneirar moscas e engolir camelos.
 Seus perfis nas redes sócias os condenam!


Josias Teles

Cão ferido




Gosto dos animais. São criaturas de Deus. Eu sempre tive um animalzinho por perto.
O papagaio “Rico” da minha vó, o gato "Pacato" e muitos cachorros. Toby, foi o primeiro.

Aliás, com cachorros tenho muitas histórias, algumas boas e outras nem tanto. E por sempre tê-los por perto, aprendi muitas coisas sobre eles e com eles.

Aprendi  que eles são fiéis sempre. Basta dar um pouco de carinho e um prato de comida. Se tratá-los bem, eles até morrem na tentativa de protegê-lo.

Aprendi também que quando eles estão feridos, por mais amigo que você seja deles, por mais que você os trate bem, dê carinho, comida e um lugar pra eles dormirem, eles te mordem se eles estiverem com uma pata machucada e você tentar fazer um curativo nela. Explico melhor.

Certa vez, um dos meus cachorros sofria com unha encravada. De tempos em tempos, precisávamos cortar a unha da pata traseira dele, pois ela encravava de tal forma que ele acabava mancando. A pata inchava, inflamava e, pelo jeito, doía muito. Cada vez que precisávamos pegá-lo para fazer o corte, virava uma verdadeira batalha; ele mordia a mão de qualquer um que tentasse tocar sua pata.

Com o passar do tempo, ele começou a ter medo sempre que alguém se aproximava nos dias em que a unha encravava. Ele rosnava e ameaçava morder qualquer um, mesmo aqueles que não estavam nem um pouco preocupados com sua unha.

Para resolver isso, precisávamos cuidar da unha do Chorão (era esse o nome dele) antes que chegasse ao ponto de encravar. Se não fizéssemos isso, a briga era certa, e era necessário ter três ou quatro pessoas para segurá-lo.

Acabei descobrindo que essa é uma atitude normal dos cachorros quando estão feridos. Eles não entendem que queremos ajudá-los.

Essa situação me fez perceber que muitas pessoas agem como o Chorão. Elas tratam os outros como se fossem inimigos, mesmo quando essas pessoas não têm a menor intenção de causar mal. Muitas vezes, essas pessoas esperam o pior dos outros.

As unhas encravadas delas são as dores e mágoas que carregam pela vida. Momentos tristes e decepções que deixaram marcas profundas, como relacionamentos frustrados, decepções amorosas ou complicações com os pais. Em vez de deixarem o passado para trás, elas ficam "lambendo a pata ferida", como o Chorão. Estão sempre "rosnando" pelos cantos, prontas para morder quem se aproxima, sempre esperando o pior do próximo.

Essa comparação entre os cães e as pessoas é muito profunda. É uma lembrança de que, assim como precisamos cuidar das feridas de nossos amigos peludos, também devemos ter empatia e compreensão em relação às dores emocionais dos outros. Às vezes, um pouco de amor e paciência pode fazer toda a diferença.

 

Se você está vivendo assim, saiba que há uma saída: JESUS.

Deixe que Ele cuide da sua “unha encravada”, curando todas as inflamações e aliviando suas dores. Com a presença Dele em sua vida, você poderá viver sem medo, livre para amar e ser amado plenamente.

 

Josias Teles

Tema: Batismo nas águas

Objetivo: Nessa aula você irá aprender a importância do batismo nas águas para a comunhão da igreja, a simbologia do batismo em águas, confo...