Cão ferido




Gosto dos animais. São criaturas de Deus. Eu sempre tive um animalzinho por perto.
O papagaio “Rico” da minha vó, o gato "Pacato" e muitos cachorros. Toby, foi o primeiro.

Aliás, com cachorros tenho muitas histórias, algumas boas e outras nem tanto. E por sempre tê-los por perto, aprendi muitas coisas sobre eles e com eles.

Aprendi  que eles são fiéis sempre. Basta dar um pouco de carinho e um prato de comida. Se tratá-los bem, eles até morrem na tentativa de protegê-lo.

Aprendi também que quando eles estão feridos, por mais amigo que você seja deles, por mais que você os trate bem, dê carinho, comida e um lugar pra eles dormirem, eles te mordem se eles estiverem com uma pata machucada e você tentar fazer um curativo nela. Explico melhor.

Certa vez, um dos meus cachorros sofria com unha encravada. De tempos em tempos, precisávamos cortar a unha da pata traseira dele, pois ela encravava de tal forma que ele acabava mancando. A pata inchava, inflamava e, pelo jeito, doía muito. Cada vez que precisávamos pegá-lo para fazer o corte, virava uma verdadeira batalha; ele mordia a mão de qualquer um que tentasse tocar sua pata.

Com o passar do tempo, ele começou a ter medo sempre que alguém se aproximava nos dias em que a unha encravava. Ele rosnava e ameaçava morder qualquer um, mesmo aqueles que não estavam nem um pouco preocupados com sua unha.

Para resolver isso, precisávamos cuidar da unha do Chorão (era esse o nome dele) antes que chegasse ao ponto de encravar. Se não fizéssemos isso, a briga era certa, e era necessário ter três ou quatro pessoas para segurá-lo.

Acabei descobrindo que essa é uma atitude normal dos cachorros quando estão feridos. Eles não entendem que queremos ajudá-los.

Essa situação me fez perceber que muitas pessoas agem como o Chorão. Elas tratam os outros como se fossem inimigos, mesmo quando essas pessoas não têm a menor intenção de causar mal. Muitas vezes, essas pessoas esperam o pior dos outros.

As unhas encravadas delas são as dores e mágoas que carregam pela vida. Momentos tristes e decepções que deixaram marcas profundas, como relacionamentos frustrados, decepções amorosas ou complicações com os pais. Em vez de deixarem o passado para trás, elas ficam "lambendo a pata ferida", como o Chorão. Estão sempre "rosnando" pelos cantos, prontas para morder quem se aproxima, sempre esperando o pior do próximo.

Essa comparação entre os cães e as pessoas é muito profunda. É uma lembrança de que, assim como precisamos cuidar das feridas de nossos amigos peludos, também devemos ter empatia e compreensão em relação às dores emocionais dos outros. Às vezes, um pouco de amor e paciência pode fazer toda a diferença.

 

Se você está vivendo assim, saiba que há uma saída: JESUS.

Deixe que Ele cuide da sua “unha encravada”, curando todas as inflamações e aliviando suas dores. Com a presença Dele em sua vida, você poderá viver sem medo, livre para amar e ser amado plenamente.

 

Josias Teles

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